Ouro fecha em forte baixa, com apetite por risco após cessar-fogo entre Israel e Irã

O contrato mais líquido do ouro fechou em forte baixa nesta terça-feira, 24, pressionado pela busca por apetite por risco desencadeada pelo cessar-fogo entre Israel e Irã. Ainda que restem dúvidas sobre o quanto o acordo será respeitado, as sinalizações de autoridades nas primeiras horas de que os ataques entre os dois países terão uma pausa reforçou a perspectiva de uma desescalada de tensões no Oriente Médio, revertendo a tendência que fortaleceu o ouro recentemente. Como resultado, o metal atingiu seu menor nível em duas semanas.

O contrato de ouro com vencimento em agosto recuou 1,80% na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), encerrando o dia a US$ 3.333,90 por onça-troy.

O Wells Fargo lembra que as tensões entre Israel e Irã aumentaram acentuadamente em 13 de junho, e se estenderam até a intervenção dos EUA, com militares americanos mirando três instalações nucleares iranianas. “Na noite passada, um cessar-fogo provisório e frágil foi acordado entre Israel e Irã. Embora o novo confronto tenha marcado um importante ponto de tensão geopolítica no Oriente Médio e no mundo, não esperamos nenhuma ruptura econômica global decorrente do conflito e mantemos nossa visão de que as perspectivas de crescimento global estão melhorando”, avalia.

Enquanto isso, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou hoje que uma “maioria significativa” dos dirigentes do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) acredita que será possível cortar juros mais tarde neste ano.

Em audiência na Câmara dos EUA, Powell reforçou que a política monetária dependerá da evolução dos indicadores econômicos. Para ele, ainda é “muito cedo” para especular as implicações das tensões no Oriente Médio para a economia dos EUA. “Como todo mundo, estamos monitorando situação”, disse.

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