O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta quarta-feira, 16, que o risco de “desaguamento” de produtos importados no Brasil como efeito do tarifaço de Donald Trump será “monitorado com rigor” pela pasta. O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou na última semana que a indústria brasileira está preocupada com o desvio de comércio. Integrantes do governo já discutem possíveis medidas de proteção comercial, que podem ser acionadas para evitar uma inundação de importados aqui.
Para além desse monitoramento, Alckmin afirmou que o cenário abre oportunidades para as empresas brasileiras no comércio exterior, especialmente no agro. O vice-presidente também reforçou que o diálogo com os Estados Unidos continua por meio de conversas tocadas por técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e do Itamaraty.
“Precisamos estar atento a novas oportunidades, conquistar novos mercados e ter monitoramento. Importação é boa. Comércio exterior é exportar e importar. É mão dupla. Agora, pico de importação, se tiver, de repente, um desaguamento aqui de produtos, isso vai ser monitorado com rigor”, disse Alckmin.
O ministro ainda repetiu que o governo Lula defende o multilateralismo, que o acordo entre a União Europeia e o Mercosul está caminhando bem e será acelerado, e voltou a mencionar a sanção da lei da reciprocidade. “Tem um arcabouço jurídico importante”, disse.